Testemunhos

Sou quase ateu, mas vi um milagre em Medjugorje

Gabriel Paulino
Escrito por Gabriel Paulino em 25 de fevereiro de 2014

Itália

Testemunho de Gianluca Bertani – Itália

Publicado no jornal italiano IL GIORNALE em 16 de junho de 2010

Caro Diretor,
Sou um advogado de Milão, de 42 anos e escrevo para testemunhar a minha recentíssima experiência durante uma peregrinação até Medjugorje. Depois de anos de estudo em institutos religiosos privados, dos quais não me restaram praticamente nada de nível espiritual, vivi toda a vida de católico não praticante: digo de crer em Deus somente porque nasci na Itália, me Batizaram, fiz a Primeira Comunhão e o Crisma. Nada de mais.
As palavras das orações, da Bíblia, dos Evangelhos foram para mim somente palavras, mas nunca senti nada dentro de mim. Mais, sentia algo, um grande vazio, que os bens materiais que o meu trabalho permitiu ter não me preenchiam.

Depois, no verão do ano passado foi diagnosticado em minha mãe uma terrível doença degenerativa, que aumentou ainda mais o meu sofrimento interior.
Finalmente, em maio deste ano minha mãe casualmente me disse que programou uma peregrinação até Medjugorje (da qual não sabia absolutamente nada, senão que era um local “tipo Lourdes”) e me perguntou se “por acaso” não tinha o desejo de ir acompanhá-la: creio que tinha sido uma pergunta de circunstância, a qual ela estava convencida e eu a recusaria. Com sua enorme surpresa, eu aceitei, não sei nem mesmo o porque, somente que “sentia” que deveria ir.

Em seguida, quando chegamos a Medjugorje, senti dizer que é Nossa Senhora que nos chama quando chega o seu momento: e, creio que no meu caso tenha sido mesmo assim.
Cada dia eu acordava ao amanhecer, as 6:00 o café da manhã para partir segundo um programa de grupo que me encontrava muito relutante a aceitar, sendo eu extremamente individualista e convencido de poder fazer sempre tudo sozinho sem nunca pedir a ajuda de ninguém. Assim no começo eu ficava de lado, a observar, também porque depois de tantos anos de instituições religiosas não me recordava mais das palavras do Pai-Nosso ou da Ave-Maria e me envergonhava dos outros notarem isto.

Sem nem mesmo perceber, pouco a pouco me aproximei sempre mais do grupo e comecei também eu a rezar: não a pronunciar as palavras da oração, como sempre tinha feito de modo automático, sem pensar, nas raras ocasiões em que fui à Igreja (como por exemplo na Missa de Natal), mas comecei a rezar de verdade.
Comecei a sentir como uma pedra, ou um emaranhado de nós dentro de mim que, pouco a pouco se desfazia. E quando se dissolvia, comecei a chorar. E assim continuou durante toda a duração da minha estadia. Depois, em primeiro de junho, um dia antes de partirmos, as 19:15 passava com minha mãe e sua amiga diante da Igreja, onde estava sendo celebrada a Missa. Na praça diante da Igreja estavam reunidas umas 50 pessoas e todos estavam olhando em direção ao sol com expressões um pouco estúpidas. Curiosamente, me dirigi em direção ao sol e assisti a um fenômeno para mim incrível.

Ao início fiquei deslumbrado, pois os meus olhos se habituaram à luz e pude observar o sol por dez minutos. Durante aquele tempo, o sol pulsava como um coração vindo em direção a nós e depois recuando, aproximando-se e depois distanciando-se, sempre pulsando. O sol estava cercado de um anel luminoso, que girava velozmente primeiro a direita e depois a esquerda e que parecia mudar de cores, primeiro da cor vermelho fogo e depois amarelo ouro.
Este fenômeno durou como disse uns 10 minutos e me deixou absolutamente incrédulo. Pois me dei conta que também todas as outras pessoas, umas cinqüenta, que estavam na praça da Igreja tinham assistido a mesma coisa.
Retornamos a pensão convencido de que aquilo não parecia de fato um fenômeno natural, ou um efeito de luz, como os céticos certamente querem justificar racionalmente aquilo que aconteceu. Eu pessoalmente tinha as minhas pernas trêmulas. Ao chegar na pensão encontramos os hóspedes presentes todos no chão amedrontados por terem sentido uma espécie de terremoto, com as paredes tremendo e uma explosão forte.
Reconstruindo os fatos, nos demos conta de que este terremoto aconteceu ao mesmo tempo do fenômeno que eu tinha observado no sol.

A isto acrescento que nós nos encontrávamos a cerca de 300 metros da pensão onde estávamos hospedados e não notamos nada estranho. E nos dias sucessivos não me lembro de que os jornais tenham noticiado de ter acontecido um terremoto naquela região.
Não sei se exista uma explicação científica para aquilo que eu descrevi, mas foi somente aquilo que eu vi.
O racionalismo nos libertou no passado dos fantasmas de uma religiosidade obtusa e extremista; sou também apaixonado pela história e conheço os crimes que foram cometidos no passado em nome da Igreja e de Deus. Agora chegamos ao extremo oposto: Que todos os sinais que estão sendo mandados a nós pelo Céu devem a todo custo ter uma explicação racional e cientifica e que todos os que crêem em alguma coisa de superior sejam retrógrados e contrários ao progresso.
Contudo eu me considero felizardo de ter tido esta “iluminação” e creio que voltar a ver com o coração e não apenas com o intelecto nos torne mais completos como seres humanos.

Traduzido do italiano por Gabriel Paulino
Fonte: Il Giornale

Salve Maria!

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